quarta-feira, 6 de julho de 2011

CF - MOVIMENTAÇÃO DO PATRIMÓNIO EMPRESARIAL

Noção e representação da conta

1. Noção da conta
É um conjunto de elementos patrimoniais com características semelhantes, expressos em unidade de valor ou seja em moeda
2. Representação da conta
Por convenção e tradição a conta é apresentada sob a forma de um T
Deve                 Título da Conta                    Haver
Débito                
(Debitar)
Crédito
(Creditar)

-        Toda a conta tem um título que é escrito a meio da sua representação gráfica de T
-        Toda a conta tem uma extensão expressa em moeda
-        Ao lado esquerdo do T chama-se Deve (D), ao lado direito do T chama-se Haver (C)
-        Quando fazemos alguns registos no lado esquerdo da conta diz-se que estamos a debitar a conta, e quando registamos alguma coisa no lado direito da conta diz – se que estamos a creditar a conta
-        A Diferença entre o Débito e o Crédito de uma conta chama-se Saldo:
3. Saldo de Conta
O saldo de uma conta pode apresentar 3 naturezas
a)    Saldo Devedor (Sd): D > C:  Sd = D - C
b)    Saldo Credores: D <  C:  Sc = C - D
c)    Saldo nulo: D = C

 

Regra de movimentação das contas

1. Regra
As contas do Activo são debitadas pelo saldo inicial e pelos aumentos de extensão e creditadas pelas diminuições de extensão
D                   CONTA DO ACTIVO                    C
  • Saldo inicial  
  • Aumentos
                 
  • Diminuições

As contas do Capital próprio e do passivo são creditadas pelo saldo inicial e pelos aumentos de extensão e debitadas pelas diminuições de extensão
D                   CONTA DO PASSIVO                    C
  • Diminuições                    
  • Saldo inicial  
  • Aumentos


2. Exemplo
a) A conta Depósito à ordem, de uma empresa, apresentava em 1 de Janeiro de 2005 um saldo inicial de 30.000Kz
D                  DEPÓSITO  À ORDEM                   C
Si              30.000Kz






  • No dia 10 de Janeiro depositaram – se 150.000 Kz
O valor da extensão desta conta aumenta, passando para 180.000Kz. Esta conta debita – se pelo aumento (registo ao lado esquerdo)


D                 DEPÓSITOS  À ORDEM                  C
Si              30.000Kz
Aumento 180.000Kz






  • No dia 15 de Janeiro, levantaram – se da conta Depósito à Ordem 50.000Kz
Esta operação traduz uma diminuição do saldo da conta, que passa de 180.000Kz para 130.000Kz. Deve creditar – se a conta de Depósito à ordem
D                 DEPÓSITOS  À ORDEM                  C
Si              30.000Kz
Aumento 180.000Kz

Diminuição  50.000Kz



b) A conta Fornecedores apresentava, em 1 de Janeiro, um Saldo inicial de 40.000Kz
D                     FORNECEDORES                      C

Si                   40.000Kz


  • Dia 6 de Janeiro, se – efectuou uma compra, a prazo, no valor de 30.000Kz.
Dívida da empresa deixa de ser de 40.000Kz para passar a ser de 70.000Kz, isto é, a sua extensão aumentou 30.000Kz, conta Fornecedores teve de ser creditada pelo aumento de extensão
D                     FORNECEDORES                      C

Si                  40.000Kz
Aumento        30.000Kz


  • Dia 15 de Janeiro, pagamento ao fornecedor de 50.000Kz
Esta operação provoca uma diminuição do valor em dívida ao fornecedor . Temos de debitar conta FORNECEDORES
D                     FORNECEDORES                      C

Si                  40.000Kz
Aumento        30.000Kz


3. Exercício prático
a)    Levantamento, do BFA, de dinheiro depositado à ordem para esforça de caixa 100.000Kz

Caxa        Activo             +          Debitada       100.000Kz
D.O          Activo             -           Creditada      100.000Kz






b)   Recebimento, em dinheiro, de um cliente 50.000Kz
Caxa        Activo             +          Debitada       50.000Kz
Clientes   Activo             -           Creditada      50.000Kz





c)    Pagamento por cheque a um fornecedor 200.000Kz
Forn.        Passivo         +          Debitada       200.000Kz
D.O          Activo            -           Creditada      200.000Kz

D           D.O           C
D            Fornecedores            C

200.000Kz
200.000Kz






d)   Compra, a prazo, de mercadorias 100.000Kz
Mercadorias
Activo
+
Debitada
100.000Kz
Fornecedores
Passivo
+
Creditada
100.000Kz

D      Fornecedores          C
D      Mercadorias            

100.000Kz

100.000Kz






Registo das operações no razão

Balanço de Decoradora do Sul, Lda, em 01-01-2006
Activo
Valores
Capital próprio e Passivo
Valores
Activo imobilizado
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas

1.412.000
100.000
Capital próprio
Capital

1.439.000
Total de A.I
1.512.000
Total do C.P
1.439.000
Activo circulante
Mercadorias
Clientes
Depósito à ordem
Caixa

504.000
450.000
150.000
50.000
Passivo
Empréstimos obtidos
Fornecedores
Estado e Outros entes públicos

500.000
450.000
277.000
Total do A.C
1.154.000
Total do Passivo
1.227.000
Total do Activo
2.666.000
Total do C.P e Passivo
2.666.000

Operações realizadas por Decoradora do Sul, Lda durante o exercício de 2006:
1. Recebimento de um cliente……………………………………
2. Compra, a pronto, de mercadorias, pagamento em dinheiro
3. Compra de um computador, com cheque sobre o BFA………
4. Pagamento por cheque a um fornecedor……………………..
5. Compra, a prazo, de mercadorias……………………………
6. Empréstimo obtido no BFA……………………………………
230.000Kz
120.000Kz
130.000Kz
50.000Kz
250.000Kz
500.000Kz

As tarefas a realizar pela empresa são:
- Abrir as contas que figuram no balanço inicial da empresa, no razão
- Registar em contas as operações realizadas

Caixa
Activo

Debitada
230.000Kz
Clientes
Activo

Creditada
230.000Kz

Mercadorias
Activo

Debitada
120.000Kz
Caixa
Activo

Creditada
120.000Kz

Imob. Corpóreas
Activo

Debitada
130.000Kz
Depósito à ordem
Activo

Creditada
130.000Kz

Fornecedores
Passivo

Debitada
50.000Kz
Depósito à ordem
Activo

Creditada
50.000Kz

Mercadorias
Activo

Debitada
250.000Kz
Fornecedores
Passivo

Creditada
250.000Kz

Dep. à Ordem
Activo

Debitada
500.000Kz
Emprést. Obtidos
Passivo

Creditada
500.000Kz



               D    Imobilizações corpóreas    C                   D                  Clientes                  C
Si   1.412.000
(3)    130.000


Si    450.000     
(1)    230.000


               D          Imob Incorpóreas           C                 D            Depósito à Ordem         C
Si 100.000
(6) 500.000


Si    150.000     
(3)   130.000

                 D          Mercadorias             C                       D               Caixa                    C
Si      504.000
(2)    120.000
  (5)    250.000


Si        50.000
(1)    230.000    
(2)    120.000

              D                  Capital                   C                   D        Empréstimos obtidos       C

Si   1.439.000


Si     500.000

                D           Fornecedores            C                    D                E.O.E.P                    C
(4)       50.000
   (5)   250.000
Si      450.000


Si      277.000

                             
Custos e Perdas e Proveitos e Ganhos
I. Contas de Custos e Perdas
1. Conta “Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas”
Esta conta regista o custo das vendas, ou seja, o preço de custo das mercadorias saídas de armazém e ainda o valor das matérias-primas ou subsidiárias saídas do armazém e que se destinam a ser integradas no processo produtivo
2. Conta “Fornecimentos e Serviços Externos”
Os fornecimentos e os serviços efectuados por terceiros podem revestir forma de:
a)    Subcontas: onde se registam os custos que as empresas têm de suportar para execução de tarefas que não conseguem realizar. A cooperação com outras empresas pode revestir a forma de compromissos formalizados ou simples acordos
b)    Fornecimento externo: de que são exemplos o consumo de água, de electricidade, de combustíveis, a aquisição de material de escritório, de material limpeza e artigos de higiene
c)    Serviços externos: dos quais podemos citar o pagamento de rendas dos armazéns alugados, a aquisição de selos do correio, pagamentos das contas de telefone, seguros efectuados (com excepção do ramo de acidente de trabalho e doença profissional)
3. Conta “Imposto”
Nesta conta registam-se os impostos directos e indirectos a que a empresa estiver sujeita, com excepção do IRS e do IRC
4. Conta “Custos com o pessoal”
Regista as remunerações que a empresa paga ao seu pessoal, os encargos sociais de conta da empresa e os seguros de acidente de trabalho e doenças profissional
5. Conta “Outros custos e perdas operacionais”
Trata-se de uma conta residual onde se registam custos, tais como: quotizações, despes as, confidenciais e as ofertas de existências próprias
6. Conta “Amortizações do exercício”
Regista a perda de valor sofrida pelo imobilizado corpóreo e incorpóreo durante o exercício económico
7. Provisões do exercício
Regista os meios necessários para fazer face a eventuais prejuízos, tais como: dívida de cobrança duvidosa, perdas no valor das existências, outros riscos e encargos previsíveis
8. Conta “Custos e Perdas financeiros”
Registam-se os custos de operações de carácter financeiro, tais como: juros de empréstimos obtidos, desconto de pronto pagamento concedido, despesas com serviços bancários, despesas com desconto de título
9. Conta “Custos e perdas extraordinárias”
Inclui os custos ou perdas que não revestem carácter de normalidade, tais como: dívidas incobráveis, perdas e existências, multas, perdas em vendas de imobilizações
II. Proveitos e Ganhos
1. Conta “Venda”
Esta conta regista os proveitos resultantes da venda a clientes dos bens decorrentes da actividade normal da empresa. Se empresa for comercial, vende as mercadorias que comprou sem qualquer transformação de fundo, se a empresa for industrial, vende aquilo que transformou ou fabricou
2. Conta “Prestações de serviços”
Nesta conta, deve registar-se o proveito resultante de trabalhos e serviços prestados pela empresa e que são próprios da sua actividade. É o caso dos serviços prestados pelas empresas de transporte, de espectáculo, cabeleireiros …
3. Conta “Proveitos suplementares”
Por vezes, as empresas obtêm proveitos de operações que não resultam da sua actividade fundamental nem apresentam carácter financeiro. É o caso das receitas provenientes do aluguer de equipamento, da venda de energia, de cargos sociais noutras empresas, de assistência técnica prestada e de serviços sociais prestados
4. Conta “Subsídio à exploração”
Regista as verbas recebidas, quer entidades estatais, quer entidades particulares, para ajudar na resolução de problemas financeiros ou permitir que determinados produtos possam ser vendidos a um preço inferior.
5. Conta “Trabalhos para própria empresa”
Por vezes, a empresa produz dentro das suas instalações melhorias que são realizadas sob a sua administração directa, pelos seus próprios empregados, com meios próprios ou adquiridos para o efeito. Estas melhorias, que são registadas nesta conta, constituem um proveito para empresa sendo o seu valor normalmente igual aos custos que a empresa teve de suportar para os realizar
Exemplo: os arranjos levados a cabo em imobilizações e a valorização do seu equipamento
6. Conta “Outros proveitos e ganhos operacionais”
Nesta conta registam-se proveitos operacionais de actividade que não sejam próprias dos objectivos principais da empresa e cujo valor não se integre em nenhuma das contas atrás descritas. É o caso de direitos de propriedade industrial
7. Conta “Proveitos e ganhos financeiros”
Registam-se os proveitos de operações de carácter financeiro, tais como: juros dos depósitos bancários, descontos de pronto pagamento obtidos, juros de empréstimos concedidos, rendimentos de participação de capital.
8. Conta “Proveitos e ganhos extraordinários”
Inclui proveitos ou ganhos não revestem carácter de normalidade, tais como: recuperação de dívidas, ganhos anormais em existências, ganhos em vendas de imobilizações

Regra de movimentação das contas de custos e proveitos



1. Regra
As contas de proveitos são creditadas sempre que se obtém um proveito
Generalizando

 D                             Conta de Proveitos                               C



Creditam – se quando a empresa obtém um proveito





2. Exemplo
a)    Venda, a pronto, por 250.000Kz, de mercadorias
Caixa
Activo

Debitada
250.000Kz
Vendas
Proveitos

Creditada
250.000Kz

        D               Vendas                     C                    D                       Caixa                        C

250.000


250.000


b)    Juros de depósitos bancários 50.000Kz

D.O
Activo

Debitada
50.000Kz
P.G.F
Proveitos

Creditada
50.000Kz





    D                       P.G.F                       C                   D             Depósito à Ordem           C

250.000


250.000


II. Movimentação das contas de Custos
1. Regra
As contas de Custos são debitadas sempre que se suporta um custo
Generalizando

     D                                Conta de Custos                            C
Debitam – se sempre que a empresa suporta um custo




2. Exemplo
a)   Pagamento, em dinheiro, da electricidade consumida 80.000Kz

F.S.E
Custos

Debitada
80.000Kz
Caixa
Activo

Creditada
80.000Kz

D                    Caixa                   C

D                  F.S.E                    C

    80.000


       80.000






b)   Pagamento de água e telefone, por cheque 100.000


F.S.E
Custos

Debitada
100.000Kz
D.O
Activo

Creditada
100.000Kz

D             Depósitos à ordem          C

D                      F.S.E                    C

100.000


100.000







c)   Pagamento, por cheque, de seguros de acidentes de trabalho 200.000Kz
Custos c/ o pessoal
Custos

Debitada
200.000Kz
Depósito à ordem
Activo

Creditada
200.000Kz

D            Depósito à ordem          C

D          Custos com o pesoal        C

200.000


200.000







d)   Pagamento de impostos 50.000Kz

Impostos
Custos

Debitada
50.000Kz
Caixa
Activo

Creditada
50.000Kz

D              Caixa              C

D              Impostos        C

50.000


50.000







e)   Venda, a pronto, por 300.000Kz, de mercadorias que haviam custado 210.000Kz
1ªFase – Venda, pronto pagamento, de mercadorias 300.000Kz


Caixa
Activo

Debitada
300.000Kz


Vendas
Proveitos

Creditada
300.000Kz


D               Vendas             C

D                  Caixa            C

50.000


50.000













2ªFase – Custo das mercadorias sidas do armazém 210.000Kz


C.M.V
Custo

Debitada
210.000Kz


Mercadorias
Activo

Creditada
210.000Kz








D      Mercadoria      C

D           C.M.V          C

210.000


210.000












 

Balancete de verificação


I. Conceito
O Balancete de verificação é um documento manejável e prático, do qual consta de:
-        Os títulos de todas as contas utilizadas pela empresa no período
-        Os movimentos acumulados nas contas a débito e a crédito
-        Os saldos apresentados pelas contas utilizadas
Nota:
-        A soma de todas as importâncias nele registadas a débito tem de ser igual a soma de todas as importâncias nele registada a crédito
-        A soma dos saldos devedores tem de ser igual à soma dos saldos credores nele registados
Balancete de …, em …
Contas
Movimento acumulado
Saldos
Débito
Crédito
Devedores
Credores







II. Exemplo
Balanço de Decoradora do Sul, Lda, em 01-01-2007
Activo
Valores
Capital próprio e Passivo
Valores
Activo imobilizado
Imobilizações incorpóreas

1.542.000
100.000
Capital próprio
Capital

1.439.000
Total de A.I
1.642.000
Total do C.P
1.439.000
Activo circulante
Clientes
Depósito à ordem
Caixa

874.000
220.000
160.000
Passivo
Empréstimos obtidos
Fornecedores
Estado e Outros entes públicos

1.000.000
650.000
277.000
Total do A.C
1.724.000
Total do Passivo
1.927.000
Total do Activo
3.366.000
Total do C.P e Passivo
3.366.000

Operações realizadas por Decoradora do Sul, Lda durante o exercício de 2007:
1. Venda, a prazo, por 550.000Kz, de Mercadorias que haviam custado 300.000Kz
2. Pagamento, em dinheiro, de água e electricidade 80.000Kz
3. Pagamento de salários para trabalhadores 90.000Kz, por cheque
4. Juros de depósito bancário 30.000Kz
5. Pagamento de imposto 20.000Kz

Clientes
Passivo

Debitada
550.000Kz
Vendas
Proveito

Creditada
550.000Kz
C.M.V
Custo

Debitada
300.000Kz
Mercadorias
Activo

Creditada
300.000Kz

F.S.E
Custo

Debitada
80.000Kz
Caixa
Activo

Creditada
80.000Kz

Cust c/ o pes
Custo

Debitada
90.000Kz
D.O
Activo

Creditada
90.000Kz

Dep. à ordem
Activo

Debitada
30.000Kz
P.G.F
Proveito

Creditada
30.000Kz

Imposto
Custo

Debitada
20.000Kz
Caixa
Activo

Creditada
20.000Kz

ACTIVO
     D         Imobilizações corpóreas        C                    D                 Clientes                      C
Si:     1.542.000





Si        220.000
(1)       550.000

1.542.000
0

770.000
0

   D       Imobilizações incorpóreas        C                  D                Depósito à ordem           C
Si         100.000




Si         470.000
(4)          30.000
(3)  90.000
(5)  20.000
100.000
0

500.000
110.000


D                   Mercadorias                    C                  D                     Caixa                       C
Si         874.000

(1)    300.000



Si         160.000
(2)   80.000
874.000
300.000

160.000
80.000


CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

     D                    Capital                         C                    D           Fornecedores                 C

Si      1.439.000


Si         650.000

0
1.439.000

0
650.000

    
     D             Empréstimos obtidos        C                 D                     E.O.E.P                     C

Si      1.000.000



Si         277.000
0
1.000.000

0
277.000


CONTAS DE CUSTOS
     D                           C.M.V                  C                D                       F.S.E                          C
(1)   300.000




(2)          80.000

300.000
0

80.000
0


     D           Custos com o pessoal        C                   D                  Imposto                       C
(3)          90.000


(5)          20.000

90.000
0

20.000
0


CONTAS DE PROVEITOS

     D                   Vendas                       C                  D                   P.G.F                          C

(1)    550.000



(4)    30.000
0
550.000

0
30.000

Balancete de Decoradora do Sul, Lda., em 31-12-2007
Contas
Movimento acumulado
Saldos
Débito
Crédito
Devedores
Credores
Imobilizações corpóreas
1.542.000
0
1.542.000

Imobilizações incorpóreas
100.000
0
100.000

Mercadorias
874.000
300.000
574.000

Clientes
770.000
0
770.000

Depósito à ordem
500.000
110.000
390.000

Caixa
160.000
80.000
80.000

Capital
0
1.439.000

1.439.000
Empréstimos obtidos
0
1.000.000

1.000.000
Fornecedores
0
650.000

650.000
Estado e Outros entes públicos
0
277.000

277.000
Custo das mercadorias vendidas
300.000
0
300.000

Fornecimentos Serviços Externos
80.000
0
80.000

Custos com o pessoal
90.000
0
90.000

Imposto
20.000
0
20.000

Vendas
0
550.000

550.000
Proveitos e Ganhos Financeiros
0
30.000

30.000
Total
4.436.000
4.436.000
3.946.000
3.946.000

Contas de Resultados
1.            Resultados operacionais:
São os que resultam da junção dos custos e perdas operacionais com os proveitos e Ganhos operacionais, ou seja, custos e proveitos resultantes da actividade normal da exploração da empresa.
Resultados Operacionais = P.G.O – C.P.O
2.            Resultados financeiros
São os que resultam da actividade financeira da empresa
Resultados financeiros = P.G.F – C.P.F
3.            Resultado corrente
São os que resultam do somatório dos resultados operacionais com os resultados financeiros
Resultados correntes = R.O + R.F
4.            Resultados extraordinários
São os que resultam da comparação entre os custos e perdas extraordinários com os proveitos e ganhos extraordinários
Resultados extraordinários = P.G.E – C.P.E
5.            Resultado Líquido do exercício
É o que resulta da soma dos resultados correntes com os resultados extraordinários
R.L.E = Resultado corrente + Resultados Extraordinários

Apuramento do resultado líquido do exercício


I. Resultados operacionais
Regra
As contas de custos operacionais são creditadas, para ficarem saldadas, e debita-se a conta Resultados operacionais mesmo valor
Debitam-se as contas de proveitos operacionais, para ficarem saldadas, e credita-se a conta Resultados operacionais mesmo valor
D      Custos oper.      C

D   Resultados Oper.    C

D   Proveitos oper.     C
X Kz
Credita-se X Kz

Debita-se X Kz
Credita-se Y Kz

Debita-se
Y Kz

Y Kz









Exemplo
D           C.M.V            C

D  Resultados Oper.    C

D          Vendas           C
100.000 Kz
100.000 Kz

100.000 Kz
150.000 Kz

150.000 Kz
150.000 Kz










II. Resultados Financeiros
Regra
A conta de Custos e perdas financeiros é creditada, para ficar saldada, e debita-se a conta Resultados financeiros mesmo valor
Debita-se a conta de proveitos financeiros, para ficar saldada, e credita-se a conta Resultados financeiros mesmo valor
D Custos financeiros  C

D       Resultados fin.    C

D      Proveitos fin.    C
X Kz
Credita-se X Kz

Debita-se   X Kz
Credita-se       Y Kz

Debita-se
     Y Kz

   Y Kz









Ex:



D             C.P.F            C


D    Resultados Fin.    C


D             P.G.F           C
50.000 Kz
50.000 Kz

50.000 Kz
90.000 Kz

90.000 Kz
90.000 Kz











III. Resultados correntes
1. Situação positiva
Debitam-se a conta de Resultados operacionais e conta Resultados financeiros, para ficarem saldadas, e credita-se a conta Resultados correntes mesmo valor

D         Res. Oper.        C


D    Resultado Fin.      C


D   Res.Correntes       C
100.000 Kz
50.000 Kz
150.000 Kz


50.000 Kz
40.000 Kz
90.000 Kz


50.000Kz
40.000Kz









2. Situação negativa
Creditam-se a conta de Resultados operacionais e conta Resultados financeiros, para ficarem saldadas, e debita-se a conta Resultados correntes mesmo valor

D         Res. Oper.        C


D    Resultado Fin     C


D   Res.Correntes       C
200.000 Kz

180.000 Kz
20.000Kz

50.000 Kz

40.000 Kz
10.000 Kz

20.000 Kz
10.000 Kz










IV. Resultados extraordinários
A conta de Custos e perdas extraordinários é creditada, para ficar saldada, e debita-se a conta Resultados extraordinários mesmo valor
Debita-se a conta de Proveitos e Ganhos extraordinários, para ficar saldada, e credita-se a conta Resultados extraordinários mesmo valor
D         C.P.E            C

D          Res. Extr.         C

D            P.G.E         C
X Kz
Credita-se X Kz

Debita-se   X Kz
Credita-se Y Kz

Debita-se
Y Kz

Y Kz









V Resultado Líquido do Exercício
Exemplo apresentado
CONTAS DE CUSTOS
      D                  C.M.V                      C                    D                      F.S.E                          C
(1)   300.000
300.000 (7)



(2)          80.000
80.000 (9)

       D      Custos com o pessoal            C                 D                      Imposto                  C
(3)          90.000
90.000 (8)


(5)          20.000
20.000 (10)

CONTAS DE PROVEITOS
     D                    Vendas                      C                     D               P.G.F                         C
550.000
(1)    550.000



(11) 30.000
(4)    30.000

Contas de Resultados
    D                   Res. Oper.                    C                   D                     R.F                         C
(6) 300.000
(7)   80.000
(8)   90.000
(9)   20.000
(10) 550.000



(13)   30.000
(11) 30.000
490.000
(12)   60.000
550.000






D              Res. Correntes                C

D                    R.L.E                        C
(14)  90.000

(12)  60.000
(13)  30.000



(14)  90.000

 


Balancete final


1. Conceito
Balancete final é um documento que permite:
-        Verificar se a soma dos valores apresentados a débito é igual à soma dos valores apresentados a crédito
-        Verificar se a soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores
-        Verificar se todas as contas de custos e proveitos se encontram saldadas
-        Saber qual o valor do resultado líquido obtido pela empresa no exercício económico
-        Obter com facilidade o Balanço final da empresa, a partir das colunas dos saldos
Balancete final de …, em …
Contas
Movimento acumulado
Saldos
Débito
Crédito
Devedores
Credores






2. Exemplo apresenta
Balancete final de Decoradora do Sul, Lda., em 31-12-2007
Contas
Movimento acumulado
Saldos
Débito
Crédito
Devedores
Credores
Imobilizações corpóreas
1.542.000
0
1.542.000

Imobilizações incorpóreas
100.000
0
100.000

Mercadorias
874.000
300.000
574.000

Clientes
770.000
0
770.000

Depósito à ordem
500.000
110.000
390.000

Caixa
160.000
80.000
80.000

Capital
0
1.439.000

1.439.000
Empréstimos obtidos
0
1.000.000

1.000.000
Fornecedores
0
650.000

650.000
Estado e Outros entes públicos
0
277.000

277.000
Custo das mercadorias vendidas
300.000
300.000


Fornecimentos Serviços Externos
80.000
80.000


Custos com o pessoal
90.000
90.000


Imposto
20.000
20.000


Vendas
550.000
550.000


Proveitos e Ganhos Financeiros
30.000
30.000


Resultados operacionais
550.000
550.000


Resultados financeiros
30.000
30.000


Resultados correntes
90.000
90.000


Resultado líquido do exercício

90.000

90.000
Total
5.686.000
5.686.000
3.456.000
3.456.000

 

 Balanço final


Balanço de Decoradora do Sul, Lda, em 31-12-2007
Activo
Valores
Capital próprio e Passivo
Valores
Activo imobilizado
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas

1.542.000
100.000
Capital próprio
Capital
R.L.E

1.439.000
90.000
Total de A.I
1.642.000
Total do C.P
1.529.000
Activo circulante
Mercadorias
Clientes
Depósito à ordem
Caixa
574.000
770.000
390.000
80.000
Passivo
Empréstimos obtidos
Fornecedores
Estado e Outros entes públicos
1.000.000
650.000
277.000

Total do A.C
1.814.000
Total do Passivo
1.927.000
Total do Activo
3.456.000
Total do C.P e Passivo
3.456.000

 

Demonstração de resultados

I.              Conceito
A Demonstração de resultado é uma peça contabilística fundamental que engloba os custos e Perdas e os Proveitos e Ganhos obtidos pela empresa num exercício
II.            Estrutura de Demonstração de resultados
CUSTOS E PERDAS
Exercícios
PROVEITOS E GANHOS
Exercícios
N
N-1
N
N-1
C.M.V e das Mat.Cons.
F.S.E
Custos com o pessoal
Amortizações do Exercíc.
Provisões do exercício
Impostos
Outros custos operacion.


Vendas
Prestações de serviços
Trabalhos para própria emp.
Proveitos suplementares
Subsídio à exploração
Outros proveitos operacion.



Custos e Perdas Fian.


Proveitos e Ganhos Fin.


Custos e Perdas Extr.


Proveitos e Ganhos Extraor.


Imposto s/o rendimento





Res. Líquido do Exercício





Total


Total






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